O nosso dia começou em Mdina, também conhecida como a “Cidade Silenciosa”, é uma antiga cidade fortificada situada no centro de Malta, com origens que remontam à época fenícia. Durante séculos foi a capital da ilha e residência da nobreza maltesa, o que se reflete na sua arquitetura imponente e nas ruas estreitas de pedra calcária que parecem paradas no tempo. Rodeada por muralhas e com vistas deslumbrantes sobre a paisagem maltesa, Mdina oferece uma atmosfera única de tranquilidade e misticismo. Entre os seus edifícios notáveis destaca-se a Catedral de São Paulo, construída no século XVII sobre o local onde, segundo a tradição, o apóstolo São Paulo terá residido após naufragar em Malta. Mdina é um verdadeiro tesouro histórico, onde cada esquina conta uma história.

A Mdina Gate, também conhecida como Porta Principal de Mdina, é a imponente entrada barroca que dá acesso à antiga cidade fortificada. Construída em 1724 durante o governo do Grão-Mestre António Manoel de Vilhena, substituiu uma entrada medieval mais simples, conferindo à cidade uma fachada digna da sua importância histórica. A porta é adornada com elementos escultóricos, incluindo o brasão da Ordem de São João e inscrições comemorativas. Ao atravessá-la, os visitantes são imediatamente transportados para um ambiente de outra época, com ruas estreitas e silenciosas que mantêm viva a aura nobre e mística de Mdina. A Mdina Gate é não só um marco arquitectónico, mas também um símbolo da herança cultural maltesa.





A primeira visita foi à Catedral de São Paulo, situada no coração de Mdina, é um dos mais importantes edifícios religiosos de Malta e um notável exemplo da arquitetura barroca maltesa. Erguida no final do século XVII, após um terramoto ter destruído a anterior igreja medieval, a catedral foi desenhada pelo arquiteto Lorenzo Gafà. Segundo a tradição, marca o local onde o apóstolo São Paulo se encontrou com o governador romano Publius após o seu naufrágio em Malta. O interior é ricamente decorado com mármores coloridos, frescos e pinturas, incluindo obras que retratam episódios da vida de São Paulo.










A catedral alberga ainda um museu com uma valiosa coleção de arte sacra e objetos litúrgicos. É um local de grande significado espiritual e histórico, que atrai visitantes pela sua beleza e pelo seu simbolismo.








Em Mdina aproveitámos para passear pelas ruelas estreitas da cidade








Finalizámos a nossa visita a Mdina na Bastion Square, uma pequena praça situada junto às muralhas da antiga cidade, oferecendo uma das vistas panorâmicas mais deslumbrantes de Malta. Daqui, é possível contemplar vastas extensões da paisagem rural maltesa até à costa, tornando-se um local privilegiado para apreciar o pôr do sol. Envolta pelo silêncio característico de Mdina, esta praça transmite uma sensação de serenidade e intemporalidade. É também um ponto de paragem ideal para os visitantes que percorrem as ruelas históricas da “Cidade Silenciosa”, combinando história, beleza natural e tranquilidade num só lugar.




De seguida rumámos a Rabat, situada mesmo ao lado de Mdina, é uma cidade histórica de grande importância cultural e religiosa em Malta. Conhecida pelas suas ruas tranquilas e atmosfera autêntica, Rabat destaca-se por abrigar alguns dos mais significativos vestígios do cristianismo primitivo na ilha, como a Gruta de São Paulo e as Catacumbas de São Paulo e de Santa Ágata. Segundo a tradição, foi nesta gruta que o apóstolo São Paulo viveu após o seu naufrágio em Malta no ano 60 d.C.







As Catacumbas de São Paulo, localizadas em Rabat, são um extenso complexo subterrâneo que remonta aos primeiros séculos do cristianismo em Malta. Escavadas na rocha calcária, serviram originalmente como necrópole comunitária para cristãos, judeus e pagãos entre os séculos III e VIII. No entanto, o seu papel não se limitou à antiguidade: durante a Segunda Guerra Mundial, estas galerias profundas voltaram a ser utilizadas, desta vez como abrigo antiaéreo pela população local, que procurava proteção contra os intensos bombardeamentos que assolavam a ilha. Assim, as catacumbas testemunham não apenas a fé e os rituais dos primeiros cristãos, mas também a resiliência do povo maltês em tempos de adversidade.




Passeio de regresso a Mdina onde tínhamos deixado o carro e onde aproveitámos para almoçar.




Pouco antes de chegar à Porta Principal de Mdina deparámo-nos com o Casino Notabile, também chamado de Point de Vue, é uma pequena mas requintada “casa de jogo” ou clube social construída entre 1887 e 1888, nos estilos eclético e Belle Époque, projetada pelo arquiteto britânico Webster Paulson como espaço de convívio da nobreza de Mdina e Rabat.


O almoço foi no antigo Palazzo Constanzo, agora convertido em restaurante,



Finalizámos o dia nos Dingli Cliffs (Falésias de Dingli), localizadas na costa oeste da ilha de Malta, são o ponto mais alto do arquipélago, elevando-se a cerca de 253 metros acima do nível do mar. Este impressionante trecho de costa rochosa oferece vistas panorâmicas sobre o mar Mediterrâneo e, em dias claros, é possível avistar a pequena ilha desabitada de Filfla. As falésias proporcionam um cenário natural deslumbrante, especialmente ao pôr do sol, e são um local ideal para caminhadas tranquilas e momentos de contemplação. Além da beleza paisagística, a zona tem valor histórico, com pequenos túmulos escavados na rocha e a capela de Santa Maria Madalena, situada mesmo no topo.

